A exposição “Pedra-Carne”, presente na Fundação Cultural BADESC em Florianópolis desde julho de 2021, exibe 20 obras da artista Meg Tomio Roussenq (1958-) que perpassam 10 anos de sua carreira. A temática da pedra e da carne é explorada de maneira a entrelaçar as duas questões ao redor das metamorfoses da vida. Na exibição, a “carne” é apresentada a partir de pinturas em pedras, em quadros e em pratos, representando o íntimo do ser e os ciclos de vida, morte e renascimento.
As curadoras Anna Moraes e Rafaela Maria Martins, juntamente com a artista, objetivaram subdividir a mostra a partir de 4 vertentes da mesma temática: Pedra, Carne, Carnificina e Florescer. Nesse sentido, é também explorada a relação do ser com a natureza, que apresenta suas fases particulares. A exposição ficará disponível para visitação presencial gratuita até 1º de outubro de 2021, sem necessidade de agendamento.
Ao adentrar na mostra “Pedra-Carne”, na Fundação BADESC, o expectador é convidado a imergir em um mundo intenso, profundo e angustiante. Diferentemente da maioria das exposições em museus, foi exatamente essas sensações que as curadoras Anna Moraes e Rafaela Maria Martins e a artista Meg Roussenq pretenderam ao organizar a exposição. Os tons vermelho-sangue e alaranjados presentes na pintura da carne representam as metáforas da vida latejante e da morte estática, em pedras imóveis. Mas, assim como o ser humano, a pedra também se transforma ao longo do tempo.
A artista Meg Tomio Roussenq (1958-) é natural de Rio do Sul (SC), graduada em Comunicações Visuais/Jornalismo, se especializou através do mestrado em Poéticas Visuais e em afrescos e pinturas de murais na Itália. Vive em Florianópolis há 15 anos e é professora de artes há 22 anos.
Obras
A exposição “Buquê Marginal”, também presente na Fundação Cultural BADESC, une diversos buquês de mato seco, além de um vídeo que traduz a intenção da mostra: o questionamento sobre o “corpo-mato marginal”. Assim como as mulheres, o mato é mantido à margem e extraído pela sociedade que não nota o seu valor para além do que é comercial. E é com a delicadeza dos buquês que, nessa mostra, são construídas as indagações a respeito da presença feminina na sociedade do século 21.
A partir dessa reflexão, as artistas visuais Bruna Granucci (1984-) e Edinara Patzlaff protestam com seus buquês a respeito da liberdade da mulher e desafiam os conceitos de beleza a partir da exibição de justamente aquilo que nunca é observado com atenção. A exposição tem curadoria de Juliana Crispe e ficará disponível para visitas presenciais gratuitas até 1º de agosto de 2021, não sendo necessário agendar o horário
