Heroínas Românticas

O Museu da Vida Romântica (Musée de la Vie Romantique – Paris, França) apresenta “Heroínas Românticas” (“Héroïnes romantiques”), uma mostra que explora não só o contexto histórico de ilustres figuras femininas, como também suas representações. 

 

Com cerca de 100 composições, dentre elas pinturas, esculturas, manuscritos e outros objetos alegóricos, a exposição ocupa-se de exibir ao público as heroínas dos mitos, da ficção e dos palcos.  

 

Questionando a maneira com que foram representadas na arte romântica e os desdobramentos dessa relação, a mostra recupera a importância destas mulheres, ao mesmo tempo em que orienta um novo olhar sob personagens idealizados pelo próprio Romantismo. 

 

A exposição está aberta para visitação desde o dia 6 de abril de 2022, permanecendo até 4 de setembro de 2022. O horário de funcionamento do museu é de terça à domingo, de 10h às 18h e o ingresso é no valor de 9€. 

 

 

*’La Liseuse’ (‘A luz de leitura’), Charles de Steuben, 1829.

“Heroínas Românticas”, exposição presente no Museu da Vida Romântica de Paris (França), explora as interpretações de figuras femininas consolidadas nos mitos e na história por artistas românticos do século XIX. 

 

Através da contextualização do período histórico em que as composições foram construídas, com a mulher marginalizada socialmente e cada vez mais excluída do espaço público, é possível perceber o anacronismo que traz as figuras do passado na conjuntura da vida dos anos 1800. 

 

Exemplos de Joana D’Arc (1412-1431), Sáfo, Julieta, Medusa, Cleópatra (69 a.C – 30 a.C) e Maria Stuart (1542-1587) representadas sob as perspectivas de Antoine-Jean Gros (1771-1835), Eugène Delacroix (1798-1863) e Jean Gigoux (1806-1894) assinalam para o destino inevitável da morte, da reclusão ou do sacrifício de heroínas transformadas em mártires. 

 

Contribuindo para tal questionamento, a mostra também evidencia o importante papel das artes dos palcos, como o ballet, o teatro e a ópera do século XIX para a difusão das concepções desenvolvidas nas artes plásticas, com a possibilidade de acentuação do olhar masculino erotizado para além das telas. 

'Maria Stuart deixando a França’, Edouard Hamman, 1863.
’Safo em Leucate’, Antoine-Jean Gros, 1801.
’Joanna D’Arc na fogueira’, Alexandre-Évariste Fragonard, c. 1822.