Leandro Erlich

A exposição “A Tensão” do artista conceitual argentino Leandro Erlich (1973) está em cartaz no Centro Cultural do Banco do Brasil de Belo Horizonte (CCBBH) de 15 de setembro até 22 de novembro de 2021. 

O título “A Tensão” é sonoramente ambíguo, “atenção”. A proposta intencional se relaciona justamente com a sensação provocada aos visitantes diante das instalações da mostra. 

 

O centro situado na icônica Praça da Liberdade exibe 20 obras do artista produzidas desde 1996 até a presente data, sendo esculturas de grandes dimensões e instalações. As obras de Leandro Erlich propõem uma outra experimentação do cotidiano, desenvolvendo exemplares de armadilhas conceituais. As referências de Erlich partem dos hábitos e frequências do dia a dia, convidando seus expectadores a uma nova experimentação possível dos “lugares-comuns”. 

 

Na mostra podemos observar piscinas, elevadores, janelas de aviões, salões de beleza e até salas de aula. Todavia, nosso olhar é traído para experimentar uma nova visualidade, deslocada das chamadas condições de normalidade. Cada uma das obras impactam o expectador a partir da ideia do irreal que se revela inesperadamente diante de nossos olhos. Erlich nos convida a sonhar acordados. 

 

 

'A Nuvem’, Leandro Erlich, 2016.

A mostra “Liminal”, presente no Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires (MALBA), trouxe uma retrospectiva antológica das obras do artista contemporâneo Leandro Erlich (1973-). De julho a outubro de 2019, foram expostas 21 composições de Erlich, desenvolvidas desde 1996, que desafiavam a consciência do real a partir de cenários cotidianos.  

 

A dualidade proposta nas instalações dialoga com o título da exposição, incorporando o expectador como um elemento componente e ativo nas obras e transformando sua presença no limiar entre espaços e tempos. Dessa maneira, o expectador é posicionado à beira de uma realidade anterior, já vivida, e uma realidade inédita, elaborada para ser descoberta. 

 

A partir de perspectivas ilusórias, conceitos e ideais pré-concebidos pelos visitantes se desfazem e o questionamento da realidade se faz presente. As relações paradoxais desenvolvidas sugerem o abandono das certezas para contemplar o novo e, até então, impensável. Uma de suas mais preeminentes obras, “A Piscina” (1999), permaneceu exposta até fevereiro de 2020, mesmo após o término da mostra

 

 

'A Piscina', Leandro Erlich, 1999
'A Piscina', Leandro Erlich, 1999.
’Puerto de Memorias’, Leandro Erlich, 2014.
'El Aula’, Leandro Erlich, 2017-19.