A Mesma História Nunca é a Mesma

O Museu de Arte de São Paulo (MASP – São Paulo) apresenta a mostra “A mesma história nunca é a mesma”, reunindo composições de Luiz Zerbini (1959-), enquadrada especialmente para o tema de Histórias brasileiras, ciclo da programação do museu em 2021-2022.  

 

Revisitando a história brasileira, Zerbini traz uma nova perspectiva sob episódios consagrados na historiografia, garantindo novos protagonismos e interpretações. Ainda, 29 monotipias da série “Macunaíma” (2017), realizadas para a ilustração do famigerado escrito de Mário de Andrade (1893-1945), são exibidas. 

 

A mostra apresenta cerca de 50 obras do artista, numa composição quase inédita, na qual 4 das 5 pinturas de grandes dimensões foram produzidas especialmente para a exposição. 

 

A mostra está disponível para visitação desde 01 de abril de 2022 e permanecerá até 31 de julho de 2022. O horário de funcionamento do MASP é, nas terças, de 10h às 20h e de quarta à domingo, de 10h às 18h. O valor do ingresso é de R$50,00 (inteira), sendo gratuita a entrada às terças-feiras. 

 

 

’Primeira missa’, Luiz Zerbini, 2014.

Luiz Zerbini (1959-), em sua mostra “A mesma história nunca é a mesma”, presente no MASP (São Paulo), inspeciona discursos históricos já cimentados em busca de novas interpretações e personagens. A partir desta tarefa, Zerbini desenvolveu composições para tratar de episódios nos quais o revisionismo se fez necessário. 

 

Em ‘Primeira missa’ (2014), o artista contemporâneo faz referência ao momento consagrado por Victor Meirelles (1832-1903), o qual apresenta a conversão dos indígenas para o catolicismo de maneira imaculada. 

 

‘Canudos não se rendeu’ (2020) é outra obra que trata de um episódio retificado pelo artista. Ao apresentar um cenário da Guerra de Canudos (Bahia, 1896-97), este é intencionalmente retratado por uma comunidade harmônica e utópica. 

 

Por fim, ‘Massacre de Haximu’ (2020) retrata o genocídio dos povos originários Ianomamis por garimpeiros ocorrido em Roraima no ano de 1993, que resultou na morte de 16 indígenas. Além destas temáticas, Zerbini ainda aborda a questão da exploração da monocultura e do ainda presente garimpo ilegal

’Canudos não se rendeu’, Luiz Zerbini, 2021.
’Massacre de Haximu’, Luiz Zerbini, 2020.