Conjunções Magnéticas

A mostra “Conjunções Magnéticas”, presente no Itaú Cultural (São Paulo), promove uma retrospectiva artística de Tunga (1952-2016), desdobrando-se no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo). Juntos, os dois espaços reúnem mais de 300 obras do artista contemporâneo considerado um dos mais proeminentes da cena cultural brasileira.  

 

A exposição permite realizar um panorâma artístico que perpassa pela poética, tão presente nas composições do artista. É através dessa poética que Tunga manifesta suas inspirações e inquietações em suas obras, de maneira enérgica, porém, enigmática. 

 

O Instituto Tomie Ohtake apresenta duas das composições presentes na mostra, sendo elas ‘Gravitação magnética’ (1987) e ‘Ão’ (1981), uma escultura e um filme-instalação, respectivamente. Ainda, durante o período em exibição, serão divulgados através do canal do YouTube do Itaú Cultural, depoimentos de personalidades que conviveram com o artista a fim de desvendar as várias facetas do artista. 

 

 

“Conjunções Magnéticas” está aberta para visitações desde dezembro de 2021 e permanecerá até 10 de abril de 2022. A entrada é gratuita, sem necessidade de agendamento. No Itaú Cultural pode ser visitada de terça à sábado de 11h às 20h e aos domingos de 11h às 19h. No Instituto Tomie Ohtake as visitas ocorrem de terça à domingo de 11h às 20h.

Vista da exposição “Conjunções Magnéticas”, Itaú Cultural, 2021-22.

Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão (1952-2016), mais conhecido como Tunga, foi um dos mais emblemáticos artistas contemporâneos brasileiros. Multifacetado, suas “instaurações”, como o próprio artista denominava suas performances, são compostas pelos mais diversos materiais, desde imãs e borracha, a feltros e dentes.  

 

As inúmeras interpretações que as composições do artista geram se devem ao fato dos vários níveis de complexidade compostos pela fusão de as suas áreas de interesse, como a física, a matemática a filosofia e a literatura. Em consonância com a psicanálise, o universo artístico de Tunga é conhecido e reconhecido internacionalmente. 

 

Tunga foi o primeiro artista brasileiro e contemporâneo a expor no Museu do Louvre (Paris – França) no ano de 2005. Antes, já havia participado da Bienal de Veneza e exposto em Nova York (EUA) e Londres (Reino Unido). Suas obras dialogam com outros artistas brasileiros contemporâneos como Lygia Clark (1920-1988) e Cildo Meireles (1948-). Tunga faleceu em 2016 aos 64 anos em decorrência de um câncer na garganta. 

 

 

 

A EXPOSIÇÃO

’Trança’, Tunga, 1984.
Vista da exposição “Conjunções Magnéticas”, Itaú Cultural, 2021-22.
’Palíndromo Incesto’, Tunga, 1989.