Os roteiros históricos são percursos guiados que têm como objetivo sensibilizar o público (ou diferentes públicos) para aspectos históricos relativos a determinados espaços, edificações, fenômenos e monumentos. Existe toda uma gama de pesquisas históricas e preparações que fundamentam a realização de visitas, que via de regra contam com monitorias, guias, recursos gráficos e digitais.
Programa Santa Afro Catarina
Esse projeto, que é coordenado pela professora Beatriz G. Mamigonian (UFSC), pretende “valorizar o patrimônio cultural associado à presença dos africanos e afrodescendentes em Santa Catarina.” O Santa Afro conta com roteiros como A Desterro de Cruz e Sousa e Viver de quitandas, que abrangem a cidade de Florianópolis e suas cercanias, bem como um website, que “reúne narrativas históricas, documentos, atividades para uso em sala de aula e sugestões de percurso pela cidade.”
Afro Curitiba
O projeto é coordenado pela professora Joseli Maria Nunes Mendonça (UFPR) e tem o objetivo de “identificar e divulgar locais relacionados com a história da presença negra em Curitiba, no período de vigência da escravidão, no Pós-Abolição e na contemporaneidade.” É possível fazer uma visita online, através dos mapas no site, ou agendar um passeio presencial com a mediação da equipe.
Jardins da História: Medicinas indígenas
Desde 2017, o Laboratório de História, Saúde e Sociedade da UFSC, coordenado pela professora Renata Palandri Sigolo, oferece o roteiro “Jardins da História: medicinas indígenas”, aberto a toda a comunidade. O roteiro faz parte de um projeto maior, o “Jardins da História”, que visa proporcionar a compreensão de diferentes medicinas e seus contextos históricos, através do reconhecimento de plantas medicinais. É realizado no Horto Didático de Plantas Medicinais do HU/UFSC , através da metodologia de “caça ao tesouro”.
Passados presentes
Reconhecendo a importância vital da presença africana na cultura brasileira, o projeto Passados Presentes, criado pelo Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (LABHOI/UFF), com apoio do Projeto Rota do Escravo, da Unesco, em 2014, tem o objetivo de valorizar os relatos e estimular o turismo de memória no Rio de Janeiro . “A pesquisa gerou também o desenvolvimento do aplicativo para celular com quatro roteiros: a antiga “Pequena Africa”, na região portuária da cidade do Rio de Janeiro, no entorno do Cais do Valongo, principal porto negreiro das Américas e hoje candidato a Patrimônio da Humanidade pela UNESCO; o Parque das Ruínas de São José do Pinheiro (Pinheiral), o quilombo São José (Valença) e o quilombo do Bracuí (Angra dos Reis), em parceria com as comunidades quilombolas e jongueiras.”